terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Forum - Questão 1

Com base nas leituras e reflexões feitas durante as semanas que passaram, responda a seguinte questão:
1-      No censo de 2000, a expressão “chefe de família” foi substituída por “responsável pela família”, alteração profundamente ligada às mudanças nas estruturas das famílias brasileiras, em que se verificou participação crescente de outros membros, notadamente as mulheres. O que você pensa em relação a essa mudança?
OBS: serão postadas quatro (4) perguntas hoje à noite (terça-feira). Escolha no mínimo duas para responder. Não esqueça de interagir com os comentários dos colegas.

24 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Alguns indicadores como o CENSO podem ser usados como sinalizadores de avanços e conquistas no combate as desigualdades de gênero. No caso da substituição da expressão chefe de família apresenta-se como um atenuante a denominação responsável de família, e desloca o compromisso social de chefiar uma familia que historicamente foi atribuido ao homem, e confere a mulher também tal atribuição, conferindo-a certa autonomia e poder.
    Entretanto temos que atentar para a forma e condições que as mulheres estão assumindo a posição de responsáveis por suas famílias ou domicílios. Segundo dados apresentados no material da EGeS, essas mulheres assumem tal responsablidade em condições desfavoráveis, em uma maior situação de pobreza, ou seja as mulheres são chefes de domicilio quando os homens nao podem sê-lo, por motivo de doença, alcoolismo, abandono, separação, desemprego. Consituindo um processo de feminização da pobreza. Este processo aponta as imbricações das questões de gênero, o que reforça ainda mais as desigualdades entre homens e mulheres.

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  3. Concordo com a colega Letícia, o homem quando é chefe de família ou responsável de família (independente do termo utilizado não muda a situação de desigualdade das mulheres) as condições são normalmente bem diferentes a da mulher, pois eles ao chegarem em casa raramente se imcubem de tarefas domésticas e dos filhos como muitas vezes verificamos com as mulheres que apresentam nesta situação jornadas duplas, triplas.. Penso que não é uma mudança de termos que vai trazer a igualdade de gênero, mas sim de atitude e respeito as diferenças.

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  4. Sempre procuramos incorporar e alinhar o processo de mudança. Como mostram as outras leituras, o conceito de gênero não é um conceito isolado, ele foi construido e lapidado ao longo da história. Hoje sabemos que está imbricado em questões culturais, sociais e relações intersubjetivas. Então penso que incorporar essa mudança de termos é o início de uma (re) construção.

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  5. colega Lisandra!!!
    Concordo que a mudança na questão da discriminação de gênero é a mudança de atitude e respeito as diferenças mas também acho importante a mudança de termos, pois novos conceitos nos fazem refletir e nos dão um novo olhar, um novo norte, nos conduzem a trilhar novos caminhos. Por exemplo a expressão "chefe" trazia a ideia de "comando", já a expressão responsável vem atenuar a expressão.
    Quanto a questão da jornada dupla e tripla da mulher, acredito que assim como a roupa azul para meninos e rosa para meninas , é uma convenção social que vem sendo repassada culturalmente. Porém esta levando muito tempo para mudar, pois lá em 1988 a Constituição Federal já previa que homens e mulheres tivessem os mesmos diretos e deveres com respeito a sociedade conjugal e familiar.Casais que tem esta compreensão, conseguem dividir as tarefas domésticas e o cuidado com os filhos de forma justa.

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  6. As variações de indivíduos que formam o núcleo familiar hoje, esta tão diversificada que é impossível apontar um modelo de família. A família convencional mudou. Alguém precisa cuidar dos filhos, da continuação do lar, da manutenção da casa. Mais um desafio, já que normalmente a mulher fica com a responsabilidade de cuidar dos filhos. O que fazer? Arregaçar as mangas e assumir mais este desafio. Enquanto não houver uma parceria, uma igualdade, uma vontade de mudança onde homens e mulheres caminhem lado a lado, haverá a subordinação feminina em prol da masculinização social.Mulheres que são responsáveis pela família, normalmente, estão em situação mais precária, pois é comprovado por instituições de pesquisa como o IBGE que as mulheres ganham salários menores. As atribuições de ser mulher responsável pela família é mais uma batalha a ser vencida. Embora com tantos afazeres, a mulher consegue se qualificar melhor. De acordo com as estatísticas as mulheres tem maior formação escolar que os homens. Essencialmente esta mudança do núcleo familiar convencional acarretou maiores responsabilidades a mulher, que continuam a ser cumpridas, embora nem sempre com sucesso.

    Jocelem Ribeiro

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  7. Colega Cleonice é de estranhar que justamente agora que foi constatado que existem um grande numero de mulheres como chefes de famílias o termo seja alterado. Como você bem comentou a expressão chefe traz uma conotação de comando e porque você acha que não poderia a mulher ter este comando do seu lar e tenha que ser atenuado por ser responsável. Será que se fosse constatado pelo censo que os homens ainda estivessem como chefes este termo seria alterado?

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  8. Olá Colegas,

    Sabemos que apenas a mudança de termos não vai promover a igualdade conforme afirma a colega Lizandra. No entanto, gostaria de fazer referencia a colocação da colega Cleonice sobre a importância na mudança das ”terminologias”, pois esta é mais uma evidência e, neste caso, uma evidência favorável aos sujeitos que, por longa data, estiveram/estão em situação de desvantagens (em especial as mulheres) e, que embora as condições ainda não sejam de igualdade, vêm conquistando um importante espaço na participação familiar.
    Neste sentido, acredito que a mudança da expressão “chefe de família” para “responsável pela família” acentua a importância da participação efetiva e responsável de todos os envolvidos, da mesma forma, que descentraliza as desigualdades.
    Além disso, a mudança de termos é mais do que justa, pois as mulheres não podem apenas ganhar espaços quando os homens não estão em condições de fazê-lo, da mesma forma que é injusto as mesmas não possuírem reconhecimento, pois sabemos através das informações contidas no material e da realidade que nos rodeia que as mesmas auxiliam igual ou até mesmo de forma mais efetiva nas responsabilidades familiares.

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  9. Prezados colegas!
    Realmente hoje é visível a mudança nas estruturas familiares. Com o processo de reestruturação produtiva desencadeada nas últimas décadas do século XX, a crise do taylorismo/fordismo, a acumulação flexível e o advento do neoliberalismo percebe-se uma maior inserção da mulher no mercado de trabalho. Desse modo, o ingresso da mulher no meio produtivo tem sido cada vez mais frequente, por um lado, como complemento da renda familiar e por outro, imprescindível, pois as vezes se torna a única responsável pelo lar. Entretanto, o que me preocupa é que a a situação da mulher ainda é desfavorável, pois sua carreira ainda é marcada pela descontinuidade (maternidade, criação dos filhos) e por tempos de trabalho mais curto (tempo parcial, meio período). A precariedade da força de trabalho feminina é maior que a masculina, assim como os salários são menores , os cargos de chefia são limitados (mesmo que a escolaridade seja superior aos homens),dupla jornada de trabalho, a informalidade etc. Assim, apesar das várias transformações ocorridas, das mudanças de expressões, as questões de gênero são latentes em nossa sociedade.

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  10. Acredito colegas que a mudança de terminologia no censo seja uma forma de tentar corrigir inclusive a pressão para com o homem de ser o "chefe" todo poderoso do lar!Em uma família não deveria haver chefe, e sim pessoas responsáveis pela gestão e organização das finanças do lar, sejam elas homens ou mulheres...nota-se constantemente lares onde os idosos são os responsáveis pelo sustento da família, numa inversão do que estávamos acostumados a ver em questão de 20 anos atrás. Mas o papel da mulher tem sim aumentado dentro dos lares, elas trabalham em casa, fora de casa e algumas com sorte ainda estudam para garantir no futuro uma profissão melhor com salário mais justo, até mesmo equivalente ao do homem, que ainda hoje é superior ao da mulher.As palavras para alguns podem até não terem importância, mas elas carregam o peso da história..e quem constrói essa história somos nós!

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  11. Discordo com a colega Elize quando escreve que a mudança de termos "chefe" por "responsáveis" pelo CENSO é mais do que justa. Acredito que mudar o termo não representa nada, pois o chefe é o responsável na família e o responsável é entendido como chefe. A realidade familiar vem passando por muitas mudanças em sua estrutura, pois a mulher está conquistando o mercado de trabalho e os sálarios maiores,divindo a responsabilidade do lar com o homem e muitas vezes, administrando tudo na família. Assim, a questão de gênero, ligada a conceitos e tarefas de ambos na família será sempre tema de discussões sociais e nunca chegaremos a uma conclusão, pois as culturas interferem muito nestes assuntos e a humanidade é constituída de formas de organização social muito distintas umas às outras, nas quais cada gênero deve se adaptar e buscar sua independência e realização.
    Scheila Secretti - Polo Sobradinho

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  12. colega Lisandra , mesmo que o senso fizesse esta constatação, no meu ponto de vista o termo deveria ser mudado sim. Concordo com o que a colega Aline falou, "em uma família não deveria haver chefe e sim pessoas responsáveis pela gestão e organização, sejam elas homens ou mulheres"

    Cleonice

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  13. A mudança no Censo era necessária, mas não é suficiente. Precisa acontecer na prática. De todo modo, é preciso reconhecer como mudança no social, na estrutura das famílias e de conquistas dos movimento feminista e outros. Seria de estranhar se o Censo não mudasse. A conjunção de palavras 'Chefe de família', chama o artigo 'O', como se Chefe fosse somente o homem. Também, é uma definição que denota arbitrariedade. Veja bem, nos idos de 1916 era o esposo que decidia se a esposa trabalhava ou não. A denominação 'Responsável pela família' é mais amplo e acolhe diversas possibilidades e a diversidade dos que podem ser responsáveis pela família, mulher ou homem, encarnados como avó, mãe, tia, pai, tio, avô...deste modo, concordo em partes com a Aline, pois uma família não deve ter chefe, mas, alguém acabará assumindo a função de organização na família, independente do 'papel' mãe, pai, e independente de responder como responsável....como é na família de vocês? Na minha, quem responde por responsável é o pai, mas quem conduz é a mãe. Abraços, Lia

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  14. Ola colegas.Queria dizer que vocês fizeram ótimas colocações e gostaria de acrescentar o seguinte, que a pobreza é a consequência da economia do país e se dá em diferentes níveis bem como as condições sociais dadas a essas pessoas.
    Sem emprego e sem uma renda que possibilite uma melhoria na qualidade de vida, há uma crescente no nível de pobreza de um país.
    Ficar desempregado, significa muitas vezes ficar sem casa (pois pagam aluguel), perdem a estima e a expectativas para uma qualidade de vida (pois não tem acesso aos direitos sociais básicos: saúde,saneamento, moradia, educação, etc)
    As famílias pobres, chefiadas por mulheres, vem aumentando mais do que a família nuclear pobre (isso é mostrado nos gráficos da Apostila), e é por esse motivo que muitos dos programas compreendidos nas políticas públicas de combate à pobreza têm como beneficiarias as mulheres, um exemplo disso e o programa Bolsa Família.
    O aumento do número de mulheres responsáveis de família, no entanto, não implica em uma mudança nos valores familiares tradicionais. O trabalho doméstico não foi transferido para os homens, e elas têm de se dividir entre a jornada de trabalho e a doméstica.
    Elas trabalham no mercado, trazem a renda para a casa, mas também dedicam muito tempo aos cuidados com a casa e com os filhos. O resultado é a sobrecarga da mulher com uma jornada de mais de 60 horas por semana de trabalho.
    Lendo os gráficos 3 e 4(3- percentual de domicílios e famílias com responsáveis do sexo feminino por faixa etária; 4- perfil dos chefes de família por sexo e renda) da Apostila, os gráficos mostram que elas estão em desvantagem sempre e que elas assumem essa posição (responsável de família) quando os homens não podem sê-lo, porque as abandonaram, estão doentes, separação ou desempregos, isso se dá em situações de maior pobreza.
    Mas é claro que as mulheres assumem a responsabilidade de família em situações onde elas tem estudo (faculdade),,e tem uma profissão, enfim tem acesso aos direitos sociais básicos.Elas assumem a responsabilidade da família, não porque foram abandonadas pelos homens ou porque eles estão doentes e desempregados, mas por opção de vida, claro que essa situação é o avesso da outra e é minoria.
    São situações que se configuram as ideologias de gênero e que devemos desnaturalizar, mesmo que para alguns a mudança de "chefe de família" para "responsável de família", não altere em nada,devemos dar a importância de não nos limitarmos apenas nisso e ver que tem muita coisa envolvida.
    Mara Soares

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  15. Concordo com as discussões, sobre a mudança de expressão de "chefe de família' para " responsável pela família", acredito que isso se deu devido a evolução da sociedade, a mudança de comportamento, a forma em que as famílias passaram a se relacionar exigiu uma mudança de termos, pois hoje vemos as responsabilidades compartilhadas, antigamente algúem chefiava no sentido do mando, o chefe, na maioria das vezes na figura de um homem mandava e os demais membros da família obedeciam sem direito a questionar. Sou professora em séries iniciais, e quando trabalho o tema família com os alunos, na faixa etária dos 8 aos 10 anos, uma atividade que eles gostam muito é a comparação da vida das famílias antigamente com a vida de hoje, essa comparação é feita com base em questionamentos que os alunos fazem em suas casas, para os familiares e na interpretação de figuras, e as crianças sempre ressaltam que antigamente era o pai quem decidia tudo e hoje todos na casa opinam e tomam as decisões em conjunto. A participação crescente das mulheres como chefes de família é um reflexo das relações sociais que hoje admitem a mulher como responsável pela família, e esta família por conseguinte não sofre preconceito na sociedade com em outros temos, como fatores relevantes para isto aponto: a liberdade sexual, a forma como as famílias se constituem, a aceitação da separação dos casais e a emancipação da mulher, que hoje não submete-se a viver sonhando com o principe encantado para resolver seus problemas, hoje a mulher quer ela mesma por suas próprias forças e ações resolver seus problemas e por conseguinte ter em suas mãos o norte de sua vida.

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  16. A sociedade atual apresenta algumas características marcantes, como por exemplo, as famílias se estruturam diferente da “tradicional” – aquela família que tínhamos com pai, mãe e filhos está quase extinta. Acredito que é importante observar este detalhe, pois penso que a substituição da expressão “chefe de família” por “responsável pela família” se deve mais a essa transformação que ocorreu na estrutura familiar ao longo do tempo e não a crescente participação da mulher.
    Durante as leituras que realizei em relação a este tema as questões: “Mas o que exatamente significa ser “chefe de família”? Esses dados representam uma verdadeira alteração do status da mulher dentro de seus lares?” (Unidade III, p. 86), e as pesquisas apresentadas me levaram a refletir a respeito da situação da mulher nas famílias atuais. O percentual de mulheres “chefes de família” mais que triplicou ao longo de quase seis décadas, porém quando é observado o perfil dessas mulheres nos vem dados que ainda são alarmantes, pois nos mostram que “Naquelas famílias que são chefiadas por um homem, a presença do cônjuge mulher é generalizada, quase absoluta. Já nas famílias chefiadas por uma mulher, ocorre justamente o contrário: a ausência do cônjuge é que se torna a situação mais frequente (são principalmente as chamadas “mães solteiras”)” (Unidade III, p90) – onde estão os homens deste grupo familiar? (fugiram da responsabilidade!!!). Portanto, concluí-se que, realmente, muitas mudanças ocorreram nos últimos tempos, há uma crescente participação da mulher, mas ainda temos muitas batalhas pela frente e muito a conquistar.

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  17. Concordo com a Colega Annie quando diz “que incorporar essa mudança de termos é o início de uma (re) construção.”, pois estamos no início de uma - espero que não, mas longa (re)construção, considerando que o primeiro censo ainda ocorreu na época do império e somente no “censo de 2000, a expressão “chefe de família” foi substituída por “responsável pela família”.”

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  18. Colegas, de fato a luta continua. Até porquê essa mudança em que a mulher aparece como 'responsável pela família', também o é em função de questões sociais de que o homem, em alguns casos, não pode sê-lo, devido a alcoolismo, abandono, separação, desemprego, etc (p. 91) e as mulheres ocupam este lugar. São as mulheres conquistando autonomia, fazendo o seu espaço e seu lugar social e familiar. A questão, é que essas mulheres em sua maioria, estão na faixa que recebem até no máximo dois salários mínimos (p. 91). Essa realidade também precisa mudar.

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  19. Denize Foletto

    Concordo com a colega Mara quando diz que a pobreza é a consequência da economia do país e se dá em diferentes níveis bem como as condições sociais dadas a essas pessoas.
    Muitas pessoas não tem as condições mínimas de qualidade de vida como saúde, moradia, educação... E como a colega bem lembrou, os gráficos da apostila mostram claramente que as famílias pobres chefiadas por mulheres vem aumentando cada vez mais. Isso implica dizermos que, mesmo que se perceba avanços, ainda é preciso continuar lutando, pois há muito a ser conquistado.

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  20. Olá colegas!!!
    Ao ler o que escreveram e a partir das leituras realizadas, concordo com a colega Elize, com a colega Lizandra e com a colega Lia ao se referirem que a substituição dos termos é necessária e, na em minha opinião importante, porém, não é suficiente para que as mudanças em relação as desigualdades de gênero e principalmente em relação ao papel da mulher nas famílias se transforme positivamente. Acredito que a substituição dos termos foi em decorrência de uma evolução no modo de conceber as famílias e no modo de pensar a mulher (e o homem também) em suas atribuições familiares. Visto que, como aponta o texto da Unidade III, no primeiro censo demográfico, em 1872, a definição de chefe de família estava atribuída ao homem. Essa concepção foi abandonada pelo IBGE com o passar dos anos e a alteração na nomeação “chefe” para “pessoa de referência” ou “responsável” pela família denota mudanças culturais e comportamentais ocorridas em nossa sociedade. Além disso, como sublinha o texto, essa alteração de termos não é trivial, ela se dá em função de transformações nos modos de pensar e agir das pessoas e também influencia a visão que construímos do mundo. Porém, somente alterar as palavras não faz com que comportamentos e pensamentos sejam alterados. Acredito que é nesse sentido que precisamos trabalhar, para que nós mudemos, e os outros também, em nossas concepções cristalizadas.

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  21. Colegas, penso que a alteração da terminologia contribui no processo de avanços, mas certamente a questão é mais complexa, como muito bem colocaram as colegas Marta e Letícia.
    Mas, um ponto que me chama atenção, levantado pela colega Letícia, refere-se a feminização da pobreza. Nos grandes centros urbanos, em populações mais vulneráveis, principalmente, temos encontrado um grande número de mulheres como responsáveis pela família. A questão que levanto é que esta condição está associada, muitas vezes, por condicionantes como pobreza, alcoolismo, situação de rua, entre outros que contribuem negativamente para esse lugar destinado a mulher. Como romper com esse estigma que se apresenta associando mulher X pobreza X incompetência? Um desafio que se coloca também a nós trabalhadores.

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  22. Caras colegas, li atentamente a postagem feitas por vcs e concordo com as afirmações. A mudança de terminologia de “chefe de família” por “responsável pela família” implica um novo momento na história, uma evolução. Bem como, na postura das pessoas. Eu, particularmente, não vejo como comando e sim como responsabilidade dupla e original do sistema familiar, principalmente, de baixa renda. Tudo em busca de sobrevivência e uma de certa forma, é a autonomia da mulher que vem conquistando espaço.
    Quando colega Rita, menciona: Como romper com esse estigma que se apresenta associando mulher X pobreza X incompetência? Um desafio que se coloca também a nós trabalhadores. Gostei da tua colocação, e acredito para que exista um rompimento deste estigma, faz-se necessário um avanço educacional consistente, pois eu confio que é só através do conhecimento que as mudanças são firmadas.

    Clara Maria

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  23. Luciana disse...
    Concordo com as colegas Letícia, Annie, Cleonice e Mulheres silenciosas. Como educadora, percebo o quanto da falta de estrutura familiar está abarcando em nossos jovens. O termo chefe nos traz uma conotação pejorativa, de domínio. Acredito que se houver liderança, será mais adequado, pois nos remete à influência. Devido as lutas das lideranças nas questões de gênero, muitas situações já foram conquistadas, mas claro, ainda há muito o que ser transformado.

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  24. Muito interessante a provocação da colega Rita: Como romper com esse estigma que se apresenta associando mulher X pobreza X incompetência? E na tentativa de responder, complemento fala da Clara que diz estar na educação a busca por esta superação, acredito também que aumentar a participação feminina em cargos de representaçãoe afirmação nas agendas do Estado de políticas que incluam a perspectiva de genero em todas as ações do governo podem ser configurar em possibilidades de romper o estigma apontado por Rita.

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