Com base nas leituras e reflexões feitas durante as semanas que passaram, responda a seguinte questão:
6 - O processo de tornar-se homem e mulher, a partir de uma perspectiva de gênero, delimita representações sociais do que seja masculino e feminino, os quais se determinam para além da biologia, ou seja, nos contextos político, econômico e cultural em que se encontram. Portanto, estas diferenças não são naturais e essenciais, mas sim, socialmente construídas e reforçadas por instituições como família, governo, igreja, escola e mídia. Como estas instituições sociais podem atuar para a superação das desigualdades de gênero?
OBS: serão postadas cinco (5) perguntas hoje à noite (quarta-feira). Escolha no mínimo duas para responder. Não esqueça de interagir com os comentários dos colegas.
Acredito que a educação é a alavanca fomentadora para a superação das desigualdades de gênero. Quando falo educação não estou me referindo unicamente a escolar, pois a família, a igreja, a sociedade contribui na constituição dos valores e conceitos que a criança leva para a escola. Lá, este poderão ser lapidados, reforçados, discutidos. Somos seres aprendentes, e, na sociedade atual, não cabe mais a tendência de desprezar o que não é considerado normal. É preciso rever quais os parâmetros utilizados para determinar a normalidade, o aceitável. É preciso desenvolver a capacidade de indignação diante de qualquer forma de opressão as escolhas do “ser” feitas pelos sujeitos, para a aceitação do seu existir. O que não for discutido, é silenciado, é esquecido e precisamos de uma sociedade que pensa... que transforma.
ResponderExcluirA primeira instituição que nos dá base para a vida é a família. Sabemos que o modelo de núcleo familiar está mudando e a diversidade de tipos de famílias é muito grande, mas mesmo dentro da maioria destes diferentes tipos de famílias a criação de meninos e meninas acontecem de maneira tradicional. Meninos vestem azul, meninas vestem rosa. Torna-se necessário que, principalmente, educadores de todos os tipos, pois todos somos durante toda a vida, mudemos a maneira de pensar através de cursos como este que mostra a urgência de transformações e a percepção de que a igualdade entre gêneros precisa acontecer. Para começar as mudanças necessárias, temos que conscientizar-nos que esta tem inicio nas nossas atitudes diárias e dentro das nossas casa, ou seja, no núcleo familiar.
ResponderExcluirJocelem Ribeiro
Denize Foletto
ResponderExcluirConcordo com as colegas... é através da educação, tanto escolar quanto familiar que conseguiremos mudar essa realidade. É necessário destacar que é papel e dever, também, do Estado gerar mudanças na situação estrutural de desigualdades sociais em que vivemos. Acredito que são os governos que têm as melhores possibilidades de, através de políticas públicas, promover a superação das desigualdades sociais de gênero. As políticas públicas para mulheres têm que ser efetivamente sociais, ou seja, devem possuir na sua elaboração a concepção sócio-educativa de formação e emancipação social das pessoas como sujeitos históricos e serem operacionalizadas através da integralidade, da intersetorialidade e participação popular, numa perspectiva de universalização de direitos.
Caminhamos em direção, a uma vida social mais aberta, muitas amarras já se desataram, nestas expectativas, já se ve horizontes mais consistentes, embora ainda muito timidos
ResponderExcluirEmbora o processo de superação das desigualdades seja uma questão extremamente complexa, pois esta imbricada em questões políticas, econômicas e culturais, acredito que a resposta para alcançá-la é simples, a mesma acontecerá somente no momento em que não forem mais instituídos papeis engessados e que todos tenham as mesmas oportunidades.
ResponderExcluirSobre isto acredito que a escola é a instituição que possui maior “poder” sobre esta mudança, primeiro, pois por este espaço todos devem passar e em segundo, pois a escola constitui sujeitos. Enguita (2004, p.13) chama a atenção para o papel da escola, que não é apenas o de “reprodutora”; é também o de “transformadora”, pois a escola contribui para conservar a sociedade e também para mudá-la, já que nenhuma sociedade atual seria sem a escola o mesmo que chegou a ser com ela.
Vale ressaltar que este processo de mudança somente contribuirá para a qualidade de vida dos sujeitos se for entendido por todos e não imposto, em especial, na escola deve ser um processo de construção e reflexão com a participação de todos os membros envolvidos (alunos, funcionários, familiares, gestores, professores, comunidade).
No entanto os demais espaços sociais onde a educação esta presente também contribui para superar a desigualdade de gênero conforme aponta a colega Ana.
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ResponderExcluirPactuo com a colocação da colega Elize, que cita a escola como o maior poder de mudança, e que a transformação passa pela educação, nesse sentido necessita que a governo, gestores, sensibilizem para essa realidade, implementando politicas sociais, que diminuam essas desigualdades. Na educação é necessária que nas escolas de educação basica se tratem essa temática,que por meio do aprendizado, desconstruir desde a infância essa diferença,além disso, nas Universidades maior oferta de disciplinas, nos curso de graduação que tratem das questões de genero,por que é onde "nascem" os profissionais que estarão futuramente trabalhando essas questões, Acredito que a disseminação dessa problemática, é que se consiga a conscientização, a discussão e reflexão,da sociedade.
ResponderExcluirPenso que qualquer uma dessas instâncias: família, escola, mídia, igreja... funciona baseada em sistemas e, hoje, ainda temos um grande sistema que controla todas elas: o capitalista, o conservador. Segundo o professor Dr. Guilherme Corrêa, professor do Centro de Educação da UFSM, quando aderimos a novos paradigmas apenas mudamos de sistemas; logo somos engolidos por eles.
ResponderExcluirMesmo assim, para buscar a transformação nesse sistema opressor no qual estamos inseridos é preciso haver mudanças de dentro para fora; as pessoas devem estar disponíveis para o aprendizado de novos conhecimentos para que possam formar concepções diferentes ou reconstruí-las. Só assim a mudança será efetiva, pois onde há concepções que divergem, existe o diálogo; e onde há o diálogo, questionamento, crítica; existe a mudança, em minha opinião.
A mídia, por exemplo, grande formadora de opiniões, só apresenta aquilo que é de interesse do público, para isso servem as pesquisas de opinião feita por elas. Na maioria das vezes, ela já cria estereótipos e concepções que são automaticamente assimilados por nós sem nenhum questionamento. Assim acontecem nas demais instâncias. Existem concepções boas que devem ser apreendidas? Sim, existem, mas outras devem ser questionadas.
Não sei se me fiz entender? Mas acredito que para a superação da desigualdade de gênero nos meios que circulamos precisa haver diálogo sobre isso, a fim de provocar as pessoas, fazer com que elas pensem a respeito do assunto e para que possam ter condições de modificar sua postura diante da temática.
Concordo com a colega Ana quando diz que “O que não for discutido, é silenciado, é esquecido e precisamos de uma sociedade que pensa... que transforma”. Assim, acredito que as instituições como a escola, a família, a igreja, a mídia e o governo tem papel fundamental para a superação das desigualdades de gênero, já que exercem a função de formadoras e construtoras de opiniões, crenças, valores e atitudes em relação ao mundo em que vivemos. Dessa forma, cabe a estas instituições “colocar na roda”, “trazer a tona”, “por em pauta” as questões de gênero para que discussões e reflexões que envolvem essa temática façam parte de nosso cotidiano desde crianças, na escola, na família e em outros contextos em que circulamos. E ainda, como destaca a colega Grazi, para ocorrer a transformação da situação em que nos encontramos, é necessário diálogo, conversas provocadoras, que desestabilizem as concepções arraigadas e cristalizadas em relação ao que é certo e o que é errado, ao que deve ser e fazer um homem e uma mulher, com vistas a produzir respostas criativas e não preconceituosas perante as diversidades sociais. são essas instituições que devem proporcionar esses momentos e não fazer calar as questões de gênero, como infelizmente vemos acontecer.
ResponderExcluirluciana disse...
ResponderExcluirÉ visível o quanto a sociedade tem colocado suas expectativas na escola (educação formal) para dar conta das questões de civilidade. Como educadora, creio que muito podemos fazer no meio escolar, mas se a família não se responsabilizar na formação de caráter de seu filho, fica mais difícil de desenvolver 100% trabalho, ou pelo menos, o maior alcance possível na escala de valores e princípios. É triste saber que ainda há o preconceito em nosso mundo. Cada pessoa tem o livre arbítrio de fazer suas escolhas. Nosso dever é respeitar e sermos respeitados em nossos conceitos e convicções. Há muito ainda a conquistar, mas estamos a caminho.
No processo de tornar-se homem e mulher, a partir de uma perspectiva de gênero temos uma discussão pertinente em uma determinada fase da vida do individuo que é a adolescencia, e que também são construídas e reforçadas por instituições como família, governo, igreja, escola e mídia.
ResponderExcluirNste processo de socialização do gênero na adolescencia percebe-se a construção social da identidade adolescente/ juvenil e suas marcas de gênero. Nessa discussão, destaco que é nesta fase que consolidam-se as noções aprendidas na infância acerca do feminino e masculino de forma acirrada. Ainda os MODELO DE GÊNERO, que são rigidamente estabelecidos nesta fase e inspiram representações e práticas sociais para jovens de cada sexo, influenciando na sua vivencia na sexualidade e escolhas profissionais. Outro apontamento do texto indicado para leitura que me fez refletir foi sobre a indumentária na construção da identidade de gênero, de modo que informa seu pertencimento social, de gênero e raça. Como por exemplo podemos observar a "tribo dos EMO",que ingles refere-se a EMOTION, são adolescentes que expressam mais seus sentimentos e emoções por meio de músicas... de modo que assumem uma outra conformação de identidade de homens e mulheres em nossa sociedade ocidental machista e patriarcal. .