Com base nas leituras e reflexões feitas durante as semanas que passaram, responda a seguinte questão:
9 - Nas últimas décadas, percebe-se maior participação feminina nos espaços de poder e, mais especialmente no campo da política, cuja representatividade máxima é traduzida por Dilma Rouseff, primeira mulher eleita como presidente do Brasil. Em que medida a figura de uma mulher como chefe de Estado contribui para maior inserção das mulheres na política com vistas à superação da hegemonia masculina no cenário político brasileiro?
OBS: serão postadas cinco (5) perguntas hoje à noite (quarta-feira). Escolha no mínimo duas para responder. Não esqueça de interagir com os comentários dos colegas.
Com certeza a eleição de uma mulher para o cargo político de maior representatividade no país contribuirá para superar a sub-representatividade feminina nas estruturas formais da política brasileira.
ResponderExcluirOutra iniciativa importantíssima neste campo diz respeito a adoção da política de cotas que tem estimulado o movimento de mulheres para as candidaturas.
Faz-se imprecindível que as mulheres assumem cargos políticos e deliberam políticas públicas que sob a plataforma da igualdade de genero e empoderamento das mulheres. Precisamos acelerar o ritmo de participação de mulheres na política em cargos de representação, para que o patamar de equilíbrio de gênero no mundo não leve 400 anos conforme estimativa.
Letícia
Denize Foletto
ResponderExcluirNas últimas décadas, o paradigma biológico relativo às diferenças entre os sexos foi rompido e, para analisar o tema “mulher”, um novo conceito emergiu: o de gênero. Segundo o conceito de gênero, as diferenças que se observam nas relações entre homens e mulheres não são de origem biológica, mas de caráter social e cultural. Tal enfoque conduz a uma nova abordagem das relações sociais assimétricas existentes entre mulheres e homens, atribuída à distribuição desigual do poder entre ambos os sexos. Com efeito, evidencia-se a reiterada ausência das mulheres do exercício do poder, tanto no setor público quanto no privado, e das esferas de representação política, onde são tomadas decisões de caráter coletivo que interferem na dinâmica social e que reafirmam os padrões históricos que determinam os papéis entre os sexos. Dessa forma, penso que a inserção de uma mulher como chefe de Estado irá favorecer a representatividade das mulheres na política brasileira. Acredito que a presença de uma mulher no comando do país impulsionará outras mulheres a participar mais efetivamente da política, gerando/contribuindo para uma transformação da sociedade.
Já algum tempo visualizamos mudanças no cenario politico mundial e brasileiro, o que ainda é timido é o fato de pouco interesse das mulheres em ocupar seus espaços. Como relata Denise é muito importante ter alguem que represente a continuidade eo aprofundamento da caminhada
ResponderExcluirConcordando com os colegas, sem dúvida a eleição de Dilma foi um fato muito importante que contribuiu para a desestabilização da idéia de que somente os homens teriam a capacidade de ocuparem cargos máximos de poder.
ResponderExcluirÉ bem verdade que Dilma representa um partido muito forte, assim como, a promessa da continuidade das ações de um governo bem avaliado pela maioria da população brasileira. No entanto, existem outras figuras femininas que vem se destacando na política assumindo cargos de prefeitas e governadoras, como Yeda Crusius (polêmica), Marta Suplicy, Marina Silva, entre outras. A última obteve 20% do total de votos no primeiro turno o que foi considerado pelos estudiosos no assunto uma quantidade expressiva de votos e seu apoio político foi bastante disputado no segundo turno.
Tais conquistas, somadas a eleição da atual presidenta, demonstram o quanto as mulheres estão ganhando espaço no cenário político, pois estão conseguindo mostrar e desenvolver todo o seu potencial, conquistando lócus que exigem muita responsabilidade e nem cogitados a tempos atrás. O que diriam os movimentos feministas que lutaram pelo direito ao voto feminino?
Resta a presidenta, continuar surpreendendo e abrindo caminho para que mais mulheres conquistem também posições de importância na sociedade e que as questões de desigualdade de gênero sejam cada vez mais amenizadas.
Certamente a eleição da primeira presidenta é uma conquista e será um marco na história da política brasileira. Acredito que a mesma abrirá caminhos para que outras mulheres assumam postos importantes, conforme espera a colega Grazi, pois no seu discurso, publicado pela revista isto é, da edição 0001, deste ano, a presidenta diz: “Já registro aqui meu primeiro compromisso após a eleição: honrar as mulheres brasileiras (...)A igualdade de oportunidades para homens e mulheres é um princípio essencial da democracia. Gostaria muito que os pais e as mães de meninas olhassem hoje nos olhos delas e lhes dissessem: ‘Sim, a mulher pode!’”
ResponderExcluirComo bem lembrado pela colega Elize a frase da nossa presidenta: Sim, a mulher pode! Nos deixa esperançosas que as ações de seu governo virão a fortalecer a presença feminina em todas as instâncias. Podemos apontar também um expressivo número de mulheres compondo os ministérios de seu governo, cito algumas:
ResponderExcluir- Ana de Hollanda - Ministério da Cultura
- Luiza Helena de Bairros (PT) - Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial
- Tereza Campello - Ministério do Desenvolvimento Social
- Izabella Teixeira - Ministério do Meio Ambiente
- Ideli Salvatti - Ministério da Pesca e Aquicultura
- Miriam Belchior -Ministério do Planejamento
- Helena Chagas - Secretaria de Comunicação Social
- Iriny Lopes – Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres
- Maria do Rosário - Secretaria Especial dos Direitos Humanos.
Prezadas/os colegas!
ResponderExcluirConcordo com as colocações de vocês. Sabe-se que a conquista do voto em 1932 foi resultado da luta contínua do movimento sufragista que emergiu, em 1919 no Brasil. No entanto, não foi suficiente para a superação das desigualdades. As mulheres sempre enfrentaram resistência histórica no “reduto” dominado pelos homens.
As instâncias de representação e reconhecimento político não determinaram um equilíbrio entre homens e mulheres em termos de representação. Sendo assim, é importante que se pense na inserção da mulher no espaço político, sua visibilidade na luta pelos espaços e projetos democráticos do país.
A mulher luta constantemente por um espaço igualitário na sociedade, pois as interdições políticas, culturais e sociais permanecem, principalmente quando se trata de isonomia do poder. Mas, deve-se reconhecer que a mulher vem conquistando e firmando passos na participação do processo político do país, como legítimas representantes da sociedade brasileira, em defesa de projetos de democracia, na busca de igualdade e justiça.
Apesar das conquistas das ultimas décadas, as mulheres, em sua maioria ainda permanecem afastadas dos palanques, pois os partidos não cumprem a Lei das Cotas no país. Sendo que, as cotas são medidas consideradas eficazes para garantir o progresso e uma maior equidade de gênero.
Entretanto, com todas as dificuldades, não se pode negar que a mulher vem alcançando espaço na bancada feminina nas Câmaras e lutam para fazer valer seus direitos. Elas buscam a questão da igualdade de oportunidades e tratamento. Os diferentes momentos históricos e as disputas cotidianas marcam as vivências femininas na sociedade. E assim, as mulheres vão resistindo. Sendo que, foi um enorme avanço a eleição de Dilma para a presidência do Brasil.
Portanto, as mulheres necessitam lutar constantemente por direito a ter vez e voz nas bancadas parlamentares e necessita-se garantir os espaços públicos de poder, pois elas representam mais da metade do eleitorado brasileiro.
Concordo com as colegas, no que se referem a importância de uma mulher ser eleita como Chefe de Estado, para dar visibilidade a capacidade das mulheres, que na maioria das vezes são submetidas a cargos de assessoramento e a papéis secundários, isto não quer dizer que menos importantes ou de responsabilidade, mas de menos visibilidade o que em questões culturais e sociais como citado pela colega Denize, onde tem profundas raízes a diferença entre mulheres e homens, para uma sociedade em processo de mudança nas desigualddaes de gênero se faz de suma importância uma mulher assumir o cargo máximo da política, isto traz a tona a idéia da capacidade das mulheres, que quando relegadas a funções de segundo plano na política e outras instâncias, trazem pouca contribuição para diminuição da desiguladae de gêneros na história de uma sociedade.
ResponderExcluirVanuza disse...
ResponderExcluirA figura feminina está, a cada dia, visível na superação da hegemonia masculina. A mulher, gradativamente está mostrando e acreditando no seu potencial. E o gênero masculino também está confiando na capacidade da figura feminina para reger o município, estado e país. Um exemplo: na minha cidade, São João do Polêsine, emancipada em 1992, somente um mandato foi regido por um prefeito. Atualmente, está à frente do poder público, novamente uma mulher. A comunidade acredita que a mulher é capaz, uma vez que ela vivencia um conjunto importante de experiências comum, também influenciadas por outros condicionantes, como raça, classe, etc.
É extremamente importante a presença das mulheres na política para defender interesses específicos e ampliar direitos, seja para que haja pluralidade do ponto de partida, comprometendo um avanço em direção a uma efetiva igualdade de direitos e a conquista da riqueza resultante de uma diversidade de perspectivas que a representação política masculina exclusiva simplesmente não alcança.
Um ponto extremamente importante no que viemos discutindo sobre o engajamento político das mulheres, certamente é o crescimento e a visibilidade da participação delas. Participação essa, que decorreu da construção/luta das mulheres pela sociedade em que vivemos e busca incessante pela igualdade dos direitos e participação nos poderes executivos, legislativos e judiciário.
ResponderExcluirLuta essa que não terminou, pois constituimos a metade da população brasileira, e temos pequenos números de mulheres no mundo político, como mostrou a colega Letícia.
A participação na política é um fenômeno em construção, acredito que está lançado o reconhecimento da mulher como um sujeito político.
Pensar em mulheres em espaços políticos.... e ainda no maior espaço de poder é pensar que pode-se concretizar a busca pelas igualdades entre homens e mulheres. Acredito que cada vez mais as mulheres estão conquistando espaços porque podem superar as expectativas de ser líder de uma nação. Concordo com sa colegas Letícia e Annie, que a participação delas na política, promove a visibilidade, pois elas possuem um espaço de voz ao que pensam.
ResponderExcluirA eleição de Dilma Roussef para presidente da república é um marco na história do nosso país. Um exemplo real da capacidade das mulheres, exemplo também, de que homens e mulheres podem caminhar lado a lado, pois buscamos a igualdade e não uma luta de poder entre homens e mulheres. Que a vitória de Dilma para a presidência sirva de estímulo para que mais e mais mulheres dêem sua contribuição na política e em outros setores de igual importância no Brasil.
ResponderExcluirMarilza Martini